segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Argentina cria primeira empresa estatal do mundo para medir audiência da mídia

O setor de Comunicação do governo de Cristina Kirchner quer inaugurar, até o fim deste ano, uma empresa estatal para medir a audiência das companhias de mídia argentina, noticia O Estado de S. Paulo.
O órgão, que está sendo criado pela Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual, pretende concorrer com o Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope), empresa que atualmente realiza a aferição de audiência no país.
Para o vice-governador eleito da Província de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, é "necessário criar um sistema público de medição". Ele afirma que a presença do Ibope é um "monopólio" no mercado argentino.
A "nova" empresa deverá ser a primeira estatal do mundo a realizar medição de audiência para veículos de comunicação.

Horário de reunião com o Cpers será definido no final da manhã, garante Casa Civil


Paralisação do Magistério completa uma semana com baixa adesão

A Casa Civil, que havia confirmado a primeira reunião com o Cpers/Sindicato para o início da tarde desta segunda-feira, recuou e promete definir o encontro até o final da manhã. Conforme a assessoria de impresa da pasta, uma incompatibilidade de agenda faz com que a audiência esteja indefinida.

Esae seria o primeiro encontro entre Executivo e professores desde o início da greve há uma semana. A paralisação começou faltando 25 dias para o fim do ano letivo. A categoria exige o pagamento imediato do Piso Nacional e a retirada de pauta da reforma educacional. A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, ressalta que o governo terá a responsabilidade no encontro de dar resposta sobre as reivindicações dos docentes

No último sábado, o governador Tarso Genro havia dito que não existe greve no Magistério, mas sim algumas faltas ao serviço. A manifestação foi feita em um ato do Partido dos Trabalhadores no Cais do Porto.

A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, rebateu a afirmação do governador prometendo derrotar Tarso Genro (PT) caso ele decida manter uma relação complicada com os membros do sindicato. Na opinião da líder sindical, a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) tomou a mesma decisão e foi derrotada pela categoria. Salientou que os professores irão dar a resposta na hora certa.

Quanto à possibilidade de os grevistas terem o ponto cortado, já que hoje é dia de pagamento para o Magistério, a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, tranquilizou os professores, lembrando que o abono das faltas deve ser parte do acordo de fim de greve.

Fonte: Correio do Povo

GOVERNO DO ESTADO - PROPOSTA PARA O ENSINO MÉDIO


Seduc debate reestruturação curricular do Ensino Médio
Em função da manifestação da direção do CPERS/sindicato sobre a proposta de reestruturação curricular do Ensino Médio a Secretaria de Estada da Educação (Seduc) faz as considerações abaixo contrapondo os argumentos do sindicato.
Fundamentos da proposta
A fundamentação da relação da educação com o mundo do trabalho está expressa na LDB 9394/96 pelos artigos 22, 35 e especificamente sobre Educação Profissional integrada ao Ensino Médio o 36 B e C, cuja alteração veio com a Lei 11741/2008. Além disso, O CNE por seu Parecer 04/2010 no seu artigo 26 §1º, enfatiza para o ensino Médio, … “uma base unitária sobre a qual podem se assentar possibilidades diversas como a preparação geral para o trabalho ou facultativamente, para profissões técnicas…”.
Acentue-se que, tanto pela legislação, como pelo posicionamento de acadêmicos, pesquisadores e estudiosos, há um entendimento que, nesta fase de desenvolvimento, (14 a 17 anos) a educação adquire um direcionamento para a construção de projetos de vida e de inserção social que perpassa o mundo do trabalho. Cabe enfatizar que há uma consistente diferença entre os conceitos de mundo do trabalho e de mercado de trabalho, quando se vincula aos processos educacionais. A referência na Proposta do Ensino Médio Politécnico e Ensino Médio Curso Normal, explicita o relacionamento da educação com mundo do trabalho e apropriação crítica dos processos de produção, contextualizados social e historicamente. Da mesma forma, a Educação Profissional integrada ao Ensino Médio articula à formação técnica a formação integral.
Por outro lado, a expressão “…necessidade da formação de profissionais flexíveis, que acompanhem as mudanças tecnológicas decorrentes da dinamicidade da produção científico-tecnológica contemporânea…” da Prof.ª. Dra. Acácia Kuenzer, refere-se a necessidade de que a formação, em qualquer nível de ensino, esteja sintonizada com o tempo em que se desenvolve.
Objetivos e caracterização
A perspectiva de resolução de problemas da realidade (conhecimento social) por meio do diálogo e da relação com os conhecimentos formais (conhecimentos universalmente sistematizados pela humanidade) tem sido considerada como uma prática pedagógica de vanguarda. A utilização da pesquisa sócioantropológica para desvelar a realidade e o trabalho coletivo dos professores, pela interdisciplinaridade, produzindo os reflexos da ação articulada dos diferentes conhecimentos por suas disciplinas e respectivas áreas, promove a necessária construção de conhecimento pelo aluno, capaz de transformar a realidade e, com isso, resolver problemas. Portanto, a interdisciplinaridade significa dialogo e articulação entre os conhecimentos disciplinares, fortalecendo cada disciplina e não fragilizando-as. Esse processo consegue conferir para o aluno a verdadeira apropriação de sua aprendizagem e significado aos conteúdos das disciplinas. Justamente por isso, não se trata de “dissolução de conteúdos e empobrecimento cultural”. Trata-se, sim, de um currículo que propõe a emancipação da cidadania.
Relação teoria e prática
A proposta curricular elege a prática de elaboração de projetos em Seminários Integrados, como estratégia de trazer o mundo real e dar vida aos conhecimentos formais. Dessa forma, impregna de significado o conhecimento, uma vez que ele é utilizado para resolver problemas da realidade e, desta forma, apropriado pelo aluno. O currículo está disposto, na sua totalidade, com as áreas de conhecimento e suas disciplinas estabelecendo as relações com a comunidade local e as conexões universais. Os blocos que constituem o currículo apenas indicam a ênfase que será dada para o processo de complexidade dos temas e questões tratados. Em síntese, é a aplicação do conhecimento que propicia a aprendizagem.
Perspectiva Cidadã
A Proposta Curricular para o Ensino Médio foi construída na perspectiva de assegurar o acesso à escola, ao conhecimento, à aprendizagem e a permanência do aluno na escola até finalizar seus estudos. Este é o processo que propicia a inserção social e a cidadania.
Processo Participativo e Coletivo
O processo de Reconstrução curricular iniciou-se com uma proposta curricular, discutida pela comunidade escolar nas etapas da Conferência Estadual do Ensino Médio no segundo semestre de 2011, terá um regimento referência provisório para viger no ano de 2012, ano em que efetivamente se dará a reconstrução curricular, quando as escolas construirão: seus planos de estudos, seu Plano Político Pedagógico e seu Regimento Escolar para 2013. A implantação se dará de forma gradativa, iniciando pelo 1º ano em 2012.
Sobre o Pronatec
É um Programa Federal, com identidade similar ao Prouni pela qual tantos jovens foram inseridos na universidade. A Seduc não define, ou definiu, qualquer das ações.
Princípios orientadores
Um dos princípios orientadores para a construção da proposta é a interdisciplinaridade e a relação com o mundo do trabalho não desvia o professor da disciplina ou área de atuação ou componente curricular para os quais é habilitado. Mas certamente o professor deve estar apropriado de como seu componente curricular se relaciona com os meios de produção ou com outros componentes curriculares.
Referencial Teórico
A proposta tem um referencial progressista e não só os autores clássicos como os atuais pesquisadores renomados que são referências e estão contribuindo para o processo de discussão e implantação da proposta como: Prof. Dr. Frigotto, Acácia Kuenzer, Gabriel Gabrowski, Dermeval Saviani e tantos outros.
Por fim, a Seduc ressalta que a proposta aponta para uma construção coletiva, participativa, de processo, gradativa. Mas ao mesmo tempo, a Seduc não transige na sua responsabilidade de reverter os preocupantes índices de evasão e repetência nas escolas. Esse compromisso exige medidas para a mudança em tempo de resgate da década perdida e as etapas da Conferência, ao contrário de algumas informações, são espaços de caráter propositivo para contribuições e aperfeiçoamentos, coerentes com o documento base, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a LDB.
1. Por que e para que reestruturar o ensino médio?
Com currículo fragmentado e dissociado da realidade do aluno, apresenta altos índices de reprovação e repetência (34,7%). Do total de jovens entre 15 e 17 anos, 84 mil (14,7%) estão fora da escola.
2. Todos os cursos serão profissionalizantes?
Não. Haverá três alternativas de Ensino Médio: Ensino Médio Politécnico, Ensino Médio Curso Normal e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio.
3. O que é Ensino Médio Politécnico?
É o Ensino Médio que vinculado a realidade social e ao desenvolvimento científico-tecnológico, integra as áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Na prática, o estudante terá, além das aulas dos componentes curriculares do Ensino Médio, o desenvolvimento de projetos com atividades práticas e vivências relacionadas com a vida, com o mundo e com o mundo do trabalho. Contudo, isso não implicará na extinção das disciplinas, que serão fortalecidas no diálogo interdisciplinar.
4. O que é educação profissional integrada ao ensino médio?
É um curso profissionalizante, previsto na LDB desde 2008. Será ofertado nas escolas técnicas. Na prática, é a integração dos cursos médio politécnico e técnico, gerando a integração da educação geral e técnica, do pensar e fazer, da teoria e da prática. Ao final, o estudante terá um certificado de curso técnico de nível médio.
5. Como se organizam as bases curriculares das escolas?
No EM Politécnico as bases curriculares serão organizadas contemplando os componentes curriculares do EM, distribuídas nos 200 dias letivos, contabilizando um total de 1000h por ano, totalizando uma carga horária de 3000h, entre formação geral e diversificada nos três anos. Os horários reservados para o Seminário Integrado e Projetos (200h anuais) serão definidos pelas escolas, de acordo com suas especificidades e realidade local, o que não significará ampliação da jornada de trabalho.
Na Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio, as bases curriculares contemplam os componentes curriculares da formação geral do Médio Politécnico, integradas às disciplinas técnicas do curso correspondente. Serão distribuídas nos 200 dias letivos, contabilizando no mínimo 3240h, variando conforme a carga horária dos cursos indicados no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC.
6. Como se organizarão os horários dos professores com a reestruturação?
A carga horária dos professores será mantida. A distribuição da carga horária se dará a partir do planejamento coletivo e interdisciplinar de cada escola. Este possibilitará a cada docente prever o tempo necessário para trabalhar os conteúdos em sala de aula e o tempo necessário para utilizá-los como ferramenta para desenvolver os projetos no Seminário Integrado.
7. A implantação será de uma só vez, em todos os anos do Ensino Médio?
Não. A implantação será gradativa: o 1ª ano em 2012; o 2ª ano em 2013; e o 3ª ano em 2014, podendo durante o processo haver avaliação e aperfeiçoamento do projeto.
8. O que são os eixos temáticos e de onde surgem?
Os eixos temáticos transversais são definidos, escolhidos pelo coletivo da escola, pelo grau de identificação que tem com sua realidade. São questões amplas que incluem conhecimentos de várias disciplinas. Darão o eixo para elaboração dos projetos nos Seminários Integrados.
9. A Conferência Estadual encerra o ciclo de debates sobre a reestruturação do EM?
Não. Ao longo de 2012, cada escola fará o debate e as adequações necessárias à proposta e a sua realidade.
10. O Estado vai garantir a formação para os professores?
Sim. Está prevista formação inicial e continuada para os docentes desde o início do ano letivo de 2012. Cada escola vai organizar a sua formação, a partir do apoio da Seduc com interface das Universidades parceiras.
11. Vai diminuir a carga horária de disciplinas como português e matemática no Ensino Médio Politécnico e consequentemente a diminuição dos seus proventos?
Não. A carga horária das áreas será mantida. Contudo, será distribuída em proporções diferenciadas ao longo dos três anos, seja na formação geral, seja na diversificada. O regime de trabalho e a remuneração dos professores são garantidos pela Constituição e pelo Plano de Carreira, que não sofre alteração alguma.
12. O que muda na formação dos alunos?
A articulação entre a formação geral e diversificada e o planejamento interdisciplinar vai garantir a aproximação entre o conhecimento e o contexto social em que o aluno está inserido. Tanto o aluno que frequentar o Ensino Médio Politécnico quanto o estudante da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio terão uma formação integral, tendo o trabalho como princípio educativo.
No caso do Politécnico, a formação permitirá ao jovem ter uma compreensão mais aprofundada da complexidade do desenvolvimento científico-tecnológico. Já o estudante que optar pela Educação Profissional agrega à formação geral a preparação para o mundo do trabalho. Ambas as propostas se aproximam de avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio.
13. Haverá necessidade de ampliação de espaço físico nas escolas?
Não necessariamente. A reorganização dos espaços escolares, no entanto, pode ser demandada, conforme o planejamento de cada escola.
14. A proposta visa preparar mão de obra “barata” para o mercado de trabalho?
Não. A proposta visa garantir aos alunos da rede estadual uma educação de qualidade com cidadania, com formação integral e vinculada as necessidade do mundo contemporâneo.
15. Como fica a carga horária para o aluno que trabalha durante o dia?
Hoje o Ensino Médio está estruturado com 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos anuais. A proposta de reestruturação mantém essas 800 horas. As 200 adicionais podem ser desenvolvidas em diversas situações, inclusive no seu local de trabalho.
16. Se não é uma proposta autoritária, por que as etapas das conferências não são deliberativas?
Não é autoritário porque a proposta não está pronta. Ela será formatada, discutida e aperfeiçoada na prática de cada escola durante o ano de 2012. As etapas não têm caráter deliberativo e não há encaminhamento de votações, pois todas as contribuições e sugestões serão acolhidas, sistematizadas e discutidas na etapa estadual prevista para dezembro de 2011, possibilitando assim que as contribuições resultem na construção de um documento que expresse o protagonismo da comunidade escolar.
As etapas da conferência são espaços de caráter propositivo para contribuições e aprofundamentos, coerentes com o Documento-Base, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a LDB.
Tudo está para ser feito. O ano de 2012 será um rico período e, nossas escolas, um privilegiado espaço para, coletivamente, construirmos o caminho na caminhada, com tensionamentos, dúvidas, problematizações, debates e muitos, muitos avanços que garantam a universalização do ensino médio agora, também, um direito básico da cidadania.
Novembro de 2011

Confira o conteúdo da nota distribuída pelos deputados do RS

GOVERNO CONSTRÓI EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Os partidos da base da administração Tarso Genro – PCdoB, PDT, PRB, PSB, PT e PTB – manifestam sua aprovação e apoio às ações desenvolvidas pelo governo do Estado para a recuperação da educação.
Temos confiança que as ações governamentais estão direcionadas à recuperação das condições do Estado para investir os limites constitucionais obrigatórios, pagar adequadamente os trabalhadores, integralizar o piso nacional do magistério, recuperar a estrutura física da rede.
Muito do programa de governo que apoiamos já está em execução pela Secretaria de Educação. Neste primeiro ano de gestão, foram investidos 27% da receita líquida do Estado na educação. Foram mais de R$ 100 milhões de recursos próprios do Tesouro.
Estão sendo investidos R$ 520 milhões na recuperação física e obras escolares, reestruturação de bibliotecas, implantação de laboratórios, formação continuada de mais de 60 mil professores e funcionários, aquisição de materiais didáticos e equipamentos, repasse de recursos diretamente para as escolas. No ensino técnico se investiu R$ 44,2 milhões para equipar 132 laboratórios de 39 escolas, em 34 municípios.
PISO NACIONAL
Para o Orçamento de 2012 está prevista a destinação de R$ 1 bilhão e 100 milhões a mais no orçamento da Secretaria de Educação. Desse total, R$ 400 milhões estão reservados para o cumprimento do piso salarial nacional do magistério. No Plano Plurianual (2012-2015) aprovado pela Assembleia foram destinados R$ 2 bilhões para integralizar o piso. O governo manterá os aumentos reais (acima da inflação) – como os 10,91% deste ano – até chegar ao piso nacional em 2014.
CONCURSO
No próximo ano serão nomeados 10 mil professores, através de concurso público. Já está em fase de finalização o contrato com a empresa que realizará o concurso.
PROMOÇÕES
O governo já promoveu 9.606 professores ativos e aposentados, cumprindo o acordo com o Cpers-Sindicato e o que está determinado no artigo 29 do Plano de Carreira. Agora estão sendo atualizados os critérios de promoção.
INCLUSÃO DE FUNCIONÁRIOS NO PLANO
Está em tramitação aqui na Assembleia o projeto do governo que inclui no Plano de Carreira 563 servidores de escolas estaduais, que desde 2001 lutam para entrar no Quadro de Servidores de Escola.
RECUPERAÇÃO FÍSICA DA REDE
Até o final de novembro não haverá nenhuma “escola de lata” no Rio Grande do Sul. Neste ano foram investidos R$ 73 milhões em obras e reformas de escolas estaduais e estão em curso outras ações de recuperação física e modernização tecnológica das escolas estaduais.
ENSINO MÉDIO
A Secretaria de Educação apresentou ao magistério uma proposta de reestruturação do ensino médio e da educação profissional, cujo fundamento teórico e os princípios orientadores estão publicados no caderno “Proposta pedagógica para o ensino médio politécnico e educação profissional integrada ao ensino médio”, distribuído a todo magistério para estudo, avaliação, contribuições e aprofundamentos, coerentes com as Diretrizes Curriculares Nacionais e a LDB.
Essa proposta não está fechada. O ano de 2012 será um período de formação, debate, construção, problematização, identificação das contradições e necessidades para a sua implantação. A Secretaria de Educação deseja que os professores a avaliem e aperfeiçoem aquele documento, em reuniões nas escolas, cidades, regiões. Todas as propostas serão acolhidas, sistematizadas e debatidas na Conferência Estadual do Ensino Médio e da Educação Profissional.
A implantação plena da proposta somente estará concluída dentro de cada escola em 2014.
Por essas ações, já em curso, nossos partidos e nossas bancadas na Assembleia Legislativa hipotecam apoio ao governo do Estado, seguros que estamos que está avançado no rumo da educação de qualidade social com cidadania para todos.
PCdoB, dep. Raul Carrion
PDT, dep. Gerson Burmann
PRB, dep. Carlos Gomes
PSB, dep. Heitor Schuch
PT, dep. Daniel Bordignon
PTB, dep. Aloísio Classmann

O governo e o magistério



A Executiva do PT/RS aprovou a publicação de materiais produzidos ao longo do debate entre o Cpers-Sindicato e o governo do Estado, antes da deflagração da greve pela categoria, são textos que procuram esclarecer as ações do governo na área da educação, os investimentos no ensino e nas escolas e a proposta para o Ensino Médio. Os materiais divulgados abaixo foram produzidos pela bancada do PT na Assembleia, pelos partidos da base aliada e pela Secretaria de Educação.

Entenda a proposta do Governo Estadual para o magistério

Leia mais

Material produzido pelo bancada do PT/RS na Assembleia
COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO
A educação é prioridade em nosso governo e para todos que ocupam funções de decisão sobre essa área, vital para a sociedade. Nossas ações o demonstram.
O Estado se encaminha para recuperar a capacidade para investir os limites constitucionais obrigatórios da educação e saúde, pagar adequadamente os trabalhadores, integralizar o piso nacional do magistério.
Mesmo limitados por um orçamento determinado pelo governo anterior e pelas conhecidas dificuldades financeiras do Estado, nesses 11 meses iniciais já revertemos muitos dos problemas que herdamos.
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INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO
Recebemos do governo anterior previsão de investimento de R$ 26 milhões para a educação. Mas já no decorrer deste primeiro ano de gestão, o governo Tarso investiu 27% de sua receita líquida nessa área. Foram mais de R$ 100 milhões de recursos próprios do Tesouro, comprovando a prioridade que a educação tem para nós.
Somente em 2011, estão sendo investidos R$ 520 milhões na recuperação física e obras escolares, reestruturação de bibliotecas, implantação de laboratórios, formação continuada de mais de 60 mil professores e funcionários, aquisição de materiais didáticos e equipamentos, repasse de recursos diretamente para as escolas. No ensino técnico se investiu R$ 44,2 milhões para equipar 132 laboratórios de 39 escolas, em 34 municípios.
Para o Orçamento de 2012 está prevista a destinação de R$ 1 bilhão e 100 milhões a mais no orçamento da Secretaria de Educação. Desse total, R$ 400 milhões estão reservados para o cumprimento do piso salarial nacional do magistério.
No Plano Plurianual (2012-2015) foram destinados R$ 2 bilhões para integralizar o piso. O governo manterá os aumentos reais (acima da inflação) – como os 10,91% deste ano – até chegar ao piso nacional em 2014.
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CONCURSO
Ainda neste mês de novembro será publicado o Edital para a realização doconcurso para nomear 10 mil professores. A regulamentação já foi publicada. Está em fase de finalização o contrato com a empresa que realizará o concurso.
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CONTRATOS EMERGENCIAIS
O tempo de exercício do magistério por meio de contratos temporários contará como título no concurso a ser realizado.
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PROMOÇÕES
As promoções estavam atrasadas desde 2002. O governo já promoveu 9.606 professores ativos e aposentados, cumprindo o acordo com o Cpers-Sindicato e o que está determinado no artigo 29 do Plano de Carreira.
Agora estão sendo atualizados os critérios de promoção. Isso não altera o Plano de Carreira do Magistério. Ao contrário, o respeita e o valoriza.
INCLUSÃO DE FUNCIONÁRIOS NO PLANO
Está em tramitação na Assembleia o projeto do governo que inclui no Plano de Carreira 563 servidores de escolas estaduais, que desde 2001 lutam para entrar no Quadro de Servidores de Escola.
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PAGAMENTO DOS DIAS DE GREVE
A Assembleia Legislativa aprovou a lei que autoriza a devolução dos descontos salariais pelos dias parados em 2008 e 2009, nas greves durante o governo passado, reconhecendo a recuperação desses dias.
A orientação para requisitar esse direito já está publicada no Diário Oficial.
Todos receberão esses valores com correção monetária.
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LIBERAÇÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS
Estão liberados os dirigentes estaduais do Cpers-Sindicato, conforme já publicado no Diário Oficial do Estado..
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RECUPERAÇÃO FÍSICA DA REDE
Até o final de novembro não haverá nenhuma “escola de lata” no Rio Grande do Sul.
Neste ano foram investidos R$ 73 milhões em obras e reformas de escolas estaduais e estão em curso outras ações de recuperação física e modernização tecnológica das escolas estaduais.
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SEGURANÇA NAS ESCOLAS
Já estão constituídos inúmeros comitês de segurança nas escolas, constituídos localmente pela Secretaria da Educação do Estado, Brigada Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e demais entidades ligadas ao assunto..
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ENSINO MÉDIO
O governo do Estado apresentou ao magistério uma proposta de reestruturação do ensino médio e da educação profissional, cujo fundamento teórico e os princípios orientadores estão publicados no caderno “Proposta pedagógica para o ensino médio politécnico e educação profissional integrada ao ensino médio”, distribuído a todo magistério para estudo, avaliação, contribuições e aprofundamentos, coerentes com as Diretrizes Curriculares Nacionais e a LDB.
O ano de 2012 será um período de formação, debate, construção, problematização, identificação das contradições e necessidades para a sua implantação.
Essa proposta não está fechada. A Secretaria de Educação deseja que os professores a avaliem e aperfeiçoem esse documento, em reuniões nas escolas, cidades, regiões. Todas as propostas serão acolhidas, sistematizadas e debatidas na Conferência Estadual do Ensino Médio e da Educação Profissional.
A implantação plena da proposta somente estará concluída dentro de cada escola em 2014.
DIÁLOGO COM A CATEGORIA
Nosso governo deu sinais objetivos do interesse em restabelecer o diálogo com o magistério e o Cpers-Sindicato. A liberação de todos os dirigentes sindicais, o abono e o pagamento dos dias parados nas greves de 2008 e 2009 expressam essa disposição.
Depois disso, o governo encaminhou à direção as propostas de revisão dos critérios para a avaliação para promoções e de reforma do Ensino Médio. Mas a Secretaria da Educação não recebeu nenhuma resposta da direção do sindicato, que passou a fazer críticas descabidas intenções que o governo não tem.
Desde a campanha eleitoral nosso governo afirma que integralizará o valor do piso nacional ao básico do plano de carreira dos professores até o final deste mandato. Todas suas ações se dirigem a isso. É lamentável que dirigentes sindicais da categoria neguem este compromisso do governo.
Essa radicalização aponta para o rompimento unilateral da direção do sindicato com o governo e descumprimento do compromisso de diálogo permanente.
Apesar dessa atitude de dirigentes, o governo do Estado reafirma a sua disposição em manter e qualificar o debate de conteúdo com o sindicato, na construção de uma educação de qualidade social com cidadania para todos. Ao mesmo tempo, continuará dialogando com os professores e funcionários de escola, numa relação direta que aprofunde os laços de respeito e valorização já comprovados nesses primeiros 11 meses de governo, com atitudes e ações concretas em defesa da escola pública e dos educadores.
Esta é a tradição dos governos do PT: foi assim nos 16 anos da prefeitura de Porto Alegre, no governo de Olívio Dutra, nos governos de Lula e Dilma e continuará a ser assim no governo Tarso.
BASE ALIADA
Assinam o documento, distribuido em coletiva no dia 17 de novembro, os líderes de bancada – PCdoB, dep. Raul Carrion; PDT, dep. Gerson Burmann; PRB, dep. Carlos Gomes; PSB, dep. Heitor Schuch; PT, dep. Daniel Bordignon; PTB, dep. Aloísio Classmann
Governo garante R$ 500 milhões para o piso salarial em 2012
Deputados da base aliada manifestam apoio às medidas do governo
Atendendo pedido dos partidos de sua base de sustentação, o governador Tarso Genro autorizou o aumento do orçamento do próximo ano para o pagamento do piso nacional do magistério. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (17) por deputados que integram a base aliada na Assembleia Legislativa. Aos R$ 400 milhões originalmente previstos no orçamento 2012, deverão ser acrescidos R$ 100 milhões para viabilizar o pagamento gradativo do piso nacional.
Os deputados distribuíram uma nota, assinada pelos líderes do PT, PCdoB, PDT, PRB, PSB e PTB, em apoio às medidas adotadas pelo governo gaúcho na área educação. “As medidas têm total apoio das bancadas de sustentação, pois expressam uma política correta de recuperação salarial do magistério, da rede física das escolas e também do ponto de vista pedagógico, especialmente no que diz respeito à reestruturação do ensino médio e da educação profissional”, frisou o deputado Raul Pont (PT).
O petista, que é o relator do orçamento do Estado para o ano que vem, lembrou que o governo destinou R$ 1,2 bilhão a mais para a educação, interrompendo a curva descendente em curso nos últimos anos. “O governo deverá aplicar 28,4% da receita líquida de impostos e transferência no próximo ano. Com isso, a curva dos gastos com educação no Rio Grande do Sul volta a ser ascendente”, apontou.
Greve inoportuna
Os deputados fizeram uma apelo para que os professores reflitam sobre as ações do governo Tarso antes de responder positivamente à proposta do Cpers-Sindicato de deflagrar uma greve no final do semestre. “O conjunto de medidas adotadas pelo governo representa uma política clara de defesa da educação e do magistério. Por isso, este governo merece um crédito do magistério”, afirmou a líder do governo na Assembleia Legislativa, Miriam Marroni (PT).
No documento distribuído à imprensa, os deputados listaram as reivindicações da categoria já atendidas pelo governo. Entre elas, a liberação de dirigentes sindicais, pagamento de dias parados em 2008 e 2009 em função de greves, inclusão de funcionários no Plano de Carreira, retomada das promoções atrasadas desde 2002 e realização de concurso público.
Conforme a líder do governo, uma greve agora é inoportuna e irá prejudicar, especialmente, a sociedade. “É lamentável que o Cpers tenha rompido as negociações e esteja ignorando os avanços obtidos nestes primeiros meses de administração”, salientou.
Já o deputado Raul Carrion (PCdoB) lembrou que o Executivo deverá aplicar R$ 2 bilhões até 2014 para pagar, integralmente, o piso nacional. “O Rio Grande do Sul saiu de um cenário em que o déficit zero era o grande compromisso do Estado para um ambiente de recuperação das áreas sociais. Não há como negar os avanços já obtidos nesta área e tratar o atual governo como os demais”, assinalou.

domingo, 27 de novembro de 2011

Go home! Essa é a Chevron a que o Cerra ia dar o pré-sal



Saiu no G1:


ANP manda suspender atividades de perfuração da Chevron no Brasil


Suspensão será mantida até se identificar causa do vazamento de petróleo.


Empresa disse que não foi informada, mas vai seguir ‘todas as normas’.


A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (23), suspender as atividades de perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio, “até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área”.


De acordo com a assessoria da ANP, somente a Chevron opera no Campo de Frade, onde no último dia 8 foi identificado vazamento em um poço de extração de petróleo.  A empresa não tem atividade operacional em outros campos. Por isso, conforme nota divulgada pela ANP, a decisão “suspende toda atividade de perfuração da Chevron do Brasil Ltda. no território nacional”.


A empresa disse no final da tarde desta quarta que ainda não tinha sido informada oficialmente da decisão da ANP. Por meio de sua assessoria, informou que “vai seguir todas as normas e regulamento do governo brasileiro e suas agências”.

 

Navalha:

Segundo o wikileaks -  clique aqui -  o Cerra ia tirar o pré-sal do povo brasileiro e entregar à Chevron.
Segundo Fernado Henrique, num vídeo inesquecível – clique aqui para ver -  o Cerra fez a cabeça dele para vender a Vale a preço de banana.
Agora, imagine, amigo navegante, o que o Cerra faria do Brasil se fosse eleito presidente?
Para Chico Buarque, Cerra fala grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos.
Cerra faria do Brasil um imenso Porto Rico.
Sob os apalusos frenéticos do Casal 45, da urubóloga e todo o PIG (*)
Vá-de retro!

Paulo Henrique Amorim

WikiLeaks: as conversas de Serra com a Chevron sobre o pré-sal

Alguém tem dúvida que ele sempre jogou contra ?

O Conversa Afiada republica post do Blog do Nassif:

WikiLeaks: as conversas de Serra com a Chevron sobre o pré-sal


Folha de S.Paulo – Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal – 13/12/2010


Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal


Segundo telegrama do WikiLeaks, Serra prometeu alterar regras caso vencesse


Assessor do tucano na campanha confirma que candidato era contrário à mudança do marco regulatório do petróleo


JULIANA ROCHA

DE BRASÍLIA

CATIA SEABRA

DE SÃO PAULO


As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.


É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.


“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.


Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.


“O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobras”, disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa. “Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada.”


Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. “Mas é possível que ele tenha participado de outras reuniões com o setor”, disse.


SENSO DE URGÊNCIA


O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.


O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.


A executiva da Chevron relatou a conversa ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.


A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.


Desde 1997, quando acabou o monopólio da Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão.


Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado -pagando royalties ao governo por isso.


Com a descoberta dos campos gigantes na camada do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de partilha.


Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.


A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.


Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora-chefe” também é relatado com preocupação.


O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.


O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional.


Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.


Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.

Caso Bolsonaro, o ressentido

A agressão do deputado Jair Bolsonaro, PP, à presidente Dilma Rousseff tem raízes podres. Mais do que atingir a chefe do governo, sem preocupar-se em criticar sua administração preferiu tirar do lixo a própria frustração. Não aguentou ver uma ex-participante da luta armada contra a ditadura sancionando a criação da Comissão da Verdade, quando mesmo sem levar a julgamento os responsáveis por crimes de tortura e assassinato, será possível identificá-los e apontá-los à execração pública. Foi essa a razão do destempero do parlamentar que há décadas identifica-se com o que de pior emergiu do regime militar. Assistir uma antiga guerrilheira exercer a presidência da República e a chefia suprema das forças armadas já representou um golpe para o ex-capitão eleito às custas do ressentimento de minorias retrógradas. Mas foi demais ver Dilma compondo um grupo destinado a revelar as entranhas da ditadura.

Engana-se quem supuser aplaudindo Bolsonaro os participantes e os partidários do período em que os militares detiveram o poder. Pelo contrário. Mesmo os mais arraigados defensores daqueles anos bicudos rejeitam a intervenção do tresloucado representante do Rio. Vão engolir a Comissão da Verdade e, se tiverem condições, aproveitarão a oportunidade para ajudar a memória nacional a desvendar o outro lado, ou seja, identificar aqueles que em nome da luta contra o regime também assassinaram, seqüestraram e torturaram. Coisa que só os tarados admitem, porém, é apoiar as aleivosias do deputado contra a presidente.
A esse propósito, muita gente sustenta que o Conselho de Ética da Câmara deveria abrir processo contra Bolsonaro, chegando até a cassar-lhe o mandato. Melhor não. Seria dar mais palco ao palhaço. Oferecer-lhe a condição de vítima. É preferível que continue a ocupar o lugar que lhe cabe no Congresso: o esgoto, que também corre nas profundezas. Fonte: Diário de Marília.

MP pede afastamento de Kassab por fraude na inspeção veicular em SP

Estadão - Marcelo Godoy

SÃO PAULO – O Ministério Público Estadual (MPE) pediu no início da tarde desta quinta-feira, 24, o afastamento de Gilberto Kassab (PSD) do cargo de prefeito de São Paulo. Kassab, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, seis empresas – entre elas a CCR e a Controlar – e 13 empresários são acusados de participar do que seria uma fraude bilionária: o contrato da inspeção veicular em São Paulo.
Ação contra o prefeito é por improbidade pela forma como inspeção veicular foi executada - Daniel Teixeira/AE
Daniel Teixeira/AE
Ação contra o prefeito é por improbidade pela forma como inspeção veicular foi executada
A ação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social pede o bloqueio dos bens dos envolvidos, a perda dos direitos políticos e a condenação por improbidade administrativa dos acusados.
O valor da causa dado pelos promotores Roberto de Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi é de R$ 1,05 bilhão. A ação pede a suspensão imediata da inspeção veicular, a devolução dos valores de multas cobradas dos moradores de São Paulo, além de indenização por danos morais aos donos de veículos.
O problema, segundo o MPE não é a ideia da inspeção, mas a forma como ela foi executada na cidade. Desde a constituição da empresa Controlar até as sucessivas prorrogações do contrato teriam sido feitas por meio de fraudes, como a apresentação de garantias falsas, documentos e informações falsas e, além de possíveis fraudes tributárias e fiscais. A ação foi apresentada no Fórum Helly Lopes Meireles, sede das Varas da Fazenda Pública de São Paulo.
Outro lado. A Controlar diz que ainda não foi notificada sobre a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público. Segundo a empresa, a concessionária prestou todos os esclarecimentos solicitados pela Promotoria e teria assim comprovado a “lisura na implementação e no cumprimento do contrato de concessão.”
Entre os benefícios do contrato declarados pela Controlar, estão uma economia de R$ 78 milhões para o sistema de saúde municipal por causa da redução da poluição veicular.

Negromonte e Kassab, crias do malufismo

Foram tantos os casos de corrupção e irregularidades na aplicação de recursos públicos denunciados esta semana que a gente nem sabe por onde começar.

Basta ficar um dia sem escrever que o entulho se acumula nas manchetes dos jornais. Qual caso é mais grave?

O do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que autorizou, com adulteração de documentos, um “aditivo” de R$ 700 milhões numa obra viária para a Copa do Mundo em Cuiabá?

Ou o do prefeito de são Paulo, Gilberto Kassab, que teve seus bens bloqueados pela Justiça para garantir o ressarcimento de R$ 1 bilhão aos donos de carros e aos cofres públicos no processo sobre irregularidades cometidas para repassar a uma empresa privada (a Controlar, que financiou sua campanha eleitoral em 2008) o serviço de inspeção veicular na cidade.

Não se trata de um critério só de valores envolvidos, alguns milhões a mais ou a menos transferidos dos cofres públicos para bolsos privados. Mais do que as cifras, impressiona o “modus-operandi” e a desfaçatez dos denunciados por estas novas maracutaias.


O que têm em comum o ministro Negromonte e o prefeito Kassab? Ambos são crias do mesmo líder político, o inefável Paulo Maluf, símbolo maior do poder exercido em benefício próprio.

Ainda deputado federal, Maluf sumiu do noticiário e anda na moita à espera do julgamento dos seus muitos processos, mas seus métodos continuam servindo de modelo para muitos seguidores.

Negromonte foi indicado para o cargo de ministro das Cidades pelo PP, o Partido Progressista (!?) de Paulo Maluf.

Rifado pelo seu próprio partido, Negromonte chorou ontem em cerimônia pública na Bahia, já sabendo que vai perder o cargo na anunciada reforma ministerial, se é que se sustenta até lá.

Kassab surgiu na vida pública pelas mãos do esquema político malufista em São Paulo e foi secretário de Planejamento do falecido prefeito Celso Pitta, também cria de Maluf.

Passou a semana em Paris e se limitou a divulgar uma nota burocrática, informando que “tomará as medidas judiciais que julgar oportunas” para liberar seus bens bloqueados.

As siglas foram mudando de letras ao longo do tempo, sem perderem suas características, que aliam o conservadorismo mais tosco a um certo desleixo, digamos assim, com a grana dos nossos impostos.

Lá atrás, estes patriotas se abrigavam na Arena, o partido criado pelos militares para dar sustentação parlamentar aos governos dos generais. Com a redemocratização, surgiram o PDS, que depois se subdividiu em PFL, mais tarde rebatizado como DEM,  PP e outras siglas menores.

Para completar a salada, Gilberto Kassab comandou este ano a criação de mais uma sigla, o PSD, que, segundo ele mesmo, não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, e pretende apenas ser um partido da situação, em qualquer situação ou latitude.

Sem condições de disputar o poder central ou mesmo governos estaduais mais importantes, estas siglas aliam-se, em troca de cargos e verbas públicas, conforme as conveniências do momento, aos dois grandes partidos, PT e PSDB, que sem eles não conseguem garantir a chamada “governabilidade”.

Da mesma forma, sobrevive como grande fiel da balança, o PMDB velho de guerra, que fazia contraponto consentido à Arena.

Aí está a raiz dos esquemas de corrupção montados por toda parte, que clamam por reforma política, reforma eleitoral, reforma partidária _ a reforma do Estado, enfim.

Nada indica que isto acontecerá tão cedo. O país já está entrando em clima de festas de fim de ano, a presidente Dilma Rousseff vai tirar férias numa base militar, o Congresso Nacional se prepara para entrar em recesso e não há previsão de data nem para a reforma ministerial, que já vem tarde.

Chegamos ao final do ano exatamente como começamos, com os governantes reagindo apenas em função das denúncias publicadas pela imprensa e de decisões da Justiça.

Destaques da semana, o baiano  Mário Negromonte e o paulistano Gilberto Kassab são produtos da mesma estrutura viciada com prazo de validade vencido que continuam sendo oferecidos ao eleitorado.

No ano que vem, temos novas eleições marcadas. Como mudar este cenário pouco animador?

Do Balaio do Kotscho


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Recursos favorecem pelo menos 15 parlamentares que deviam estar presos



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DEPUTADO PAULO MALUF


PUBLICAÇÃO: 14.11.2011
Reportagem da Istoé mostra que 15 parlamentares condenados à prisão continuam exercendo seus mandatos. No Congresso, existem dois deputados federais, Natan Donadon (PMDB-RO) e Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), que já foram julgados em última instância e condenados pelo Supremo Tribunal Federal, mas continuam nos cargos com tudo a que têm direito. Donadon foi condenado a 13 anos de reclusão por desvio de recursos públicos e peculato, enquanto Asdrúbal Bentes recebeu pena de três anos de prisão por praticar esterilização cirúrgica em troca de votos. Graças a embargos declaratórios, em que pedem explicação para as sentenças, ambos continuam nos cargos. A Justiça também já tentou prender os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP). No caso de Garotinho, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou-o a dois anos e seis meses de prisão por formação de quadrilha. A pena foi revertida em serviços comunitários aliada à proibição de assumir cargos públicos. Mesmo assim, Garotinho recorreu e segue exercendo seu mandato na Câmara. No caso de Paulo Maluf, que responde a mais de 20 processos, uma dezena de pedidos de prisão se acumula e o ex-governador de São Paulo está na lista negra da Interpol. Enquanto isso, os políticos legislam em causa própria. Maluf, por exemplo, é padrinho da polêmica proposta que limita os poderes do Ministério Público, seu principal algoz. Para o professor de direito constitucional da Fundação Getulio Vargas Joaquim Falcão, o grande número de políticos condenados que continuam livres é resultado exatamente do excesso de recursos e da morosidade no julgamento dos casos. Em sua opinião, a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz o número de recursos possíveis em um processo é a chance de se punir pessoas que, mesmo condenadas à prisão, permanecem livres. O projeto foi elaborado pelo presidente do STF, Cezar Peluso, e está sendo analisado pelo Senado.
DUPLA ENROLADA – Os deputados Natan Donadon e Asdrúbal Bentes (à esq.) têm em comum o fato de ter sido julgados e condenados à prisão pelo STF

LIVRE – Embora tenha sido condenado a dois anos de prisão,Garotinho cumpre expediente no Congresso

POSTADO POR CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

Escândalo que envolve o governador da Paraíba ganha repercussão nacional


GOVERNADOR RICARDO COUTINHO DA PARAÍBA
PUBLICAÇÃO: '4.11.2011
A Revista Época traz esta semana uma matéria sobre um escândalo que envolve o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho acusado de fazer caixa dois para a sua campanha:

A mistura de negócios com a política – ainda mais em período eleitoral – levantou novas suspeitas de irregularidades, agora na Paraíba. O empresário Daniel Cosme Guimarães Gonçalves venceu no ano passado uma licitação da prefeitura de João Pessoa, capital do Estado.

Foi pago – mas não viu o dinheiro.

Em um vídeo de 12 minutos, Gonçalves afirma que o dinheiro público foi desviado para o caixa da vitoriosa campanha eleitoral do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), eleito no ano passado.

Gonçalves diz que, entre os implicados na fraude, estariam Coriolano Coutinho, irmão do governador, seu “mentor em superfaturar e fazer caixa dois”, e Alexandre Urquiza, ex-chefe de gabinete de Ricardo Coutinho e atual secretário de Transparência Pública da prefeitura de João Pessoa.

O governador Ricardo Coutinho nega que tenha ocorrido caixa dois em sua campanha. Coutinho afirma que só tomou conhecimento do caso durante a campanha eleitoral. Diz que cobrou explicações e foi informado pela Secretaria de Educação do município de que o processo de compra dos livros foi regular.

Confira a nota fiscal da compra dos livros:

POSTADO POR ROBSON PIRES
 
http://quixabeiranews.blogspot.com/

Um mensaleiro dá as cartas no PP

Mesmo sem cargo há mais de cinco anos, o ex-deputado Pedro Corrêa continua indicando nomes no governo e traçando as estratégias no Partido Progressista

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PODER

Pedro Côrrea agora tenta emplacar o presidente do Denatram
 
Na alça de mira da presidente Dilma Rousseff desde a eclosão da crise política, o PP fez de tudo nos últimos dias para passar ao largo dos escândalos na Esplanada dos Ministérios. O esforço foi em vão. Na quarta-feira 3, o Congresso aprovou o convite para que o ministro das Cidades, Mário Negromonte, esclareça as denúncias de favorecimento a empresas doadoras de campanha, publicadas na última edição de ISTOÉ. Indicado para as Cidades pelo PP, Negromonte terá de explicar, por exemplo, por que o secretário nacional de Saneamento do ministério, Leodegar Tiscoski, cumpriu jornada dupla no ano eleitoral. Ao mesmo tempo que administrava obras de saneamento em todo o País, ele operava como tesoureiro nacional do partido. Era Tiscoski quem arrecadava recursos para financiar as campanhas do partido. O depoimento está marcado para a quarta-feira 10 nas comissões de Desenvolvimento Urbano e de Fiscalização e Controle. “Tudo tem que ser investigado. Há problemas não só como o PR, mas com o PCdoB, PMDB, PP. A denúncia envolvendo o PP é grave. A Dilma precisa agir com o governo inteiro como fez com o PR”, disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).

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HERANÇA

Aline Corrêa é uma espécie de braço parlamentar do pai,
Pedro, que teve o mandato cassado no escândalo do mensalão
 
A bancada do PP promete comparecer em peso à audiência na tentativa de blindar o correligionário. O partido tem se empenhado em discutir alternativas para escapar da “faxina” a ser promovida por Dilma. Na quarta-feira 3, a cúpula do PP reu­niu-se até altas horas da madrugada no apartamento do deputado João Pizzolatti (SC), localizado na quadra 311 Sul em Brasília. Além do anfitrião, de Negromonte e do líder da legenda na Câmara, Nelson Meurer (PR), participou do encontro o ex-deputado federal cassado Pedro Corrêa, réu no processo do mensalão acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A presença de Corrêa numa reunião em que foram discutidas estratégias do PP é mais do que sintomática. Conforme apurou ISTOÉ com vários parlamentares do Partido Progressista, o mensaleiro não apenas tem força como continua influenciando decisivamente nos rumos do partido. “Com a entrada de Negromonte no ministério, Corrêa passou a mandar mais, é ele quem está dando as cartas. Com o antecessor Márcio Fortes a coisa era mais discreta”, garantiu à ISTOÉ um parlamentar do PP incomodado com a intensa movimentação de Corrêa. “O mensaleiro é ele, mas o ônus fica para todos nós”, reclama o mesmo deputado.

Sem cargo eletivo desde o escândalo do mensalão, Pedro Corrêa tornou-se um especialista na articulação de bastidor. Embora distante dos holofotes, é ele quem chancela boa parte das indicações do PP para postos estratégicos no governo. Foi necessário o aval de Pedro Corrêa para o próprio secretário Leodegar Tiscoski, envolvido na denúncia de ISTOÉ, assumir o Saneamento. Em troca, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), um dos interessados em emplacar Tiscoski na secretaria, aceitou apadrinhar junto ao Palácio do Planalto o nome de Paulo Roberto Costa para a BR Distribuidora. Agora, Corrêa trabalha pela nomeação do deputado Inaldo Leitão (PP-PB) à presidência do cobiçado Denatran. Oficialmente, no entanto, os padrinhos são o deputado Dudu da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).
 
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BERLINDA

Após denúncias de ISTOÉ, Negromonte terá que se explicar no Congresso
 

Quando vai a Brasília, ao menos uma vez por semana, Corrêa se hospeda na casa da filha, deputada Aline Corrêa (PP-SP), vizinha de Pizzolatti e Negromonte no bloco “A” da Superquadra 311 Sul. Aline é uma espécie de braço parlamentar de Corrêa. Ela formula emendas e projetos do interesse do pai. A atuação de Pedro Corrêa tem feito tanto barulho no PP, e ensejado negócios importantes em São Paulo, que passou a incomodar o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Em recente reunião da bancada na sede do partido, Maluf e Aline discutiram asperamente e precisaram ser apartados. Já no Palácio do Planalto, conhecedor das atividades de Pedro Corrêa e companhia, a seriedade do PP já está sendo mais do que questionada. Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff escalou a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para cobrar explicações. No governo, faz-se a seguinte avaliação: caso o depoimento de Negromonte no Congresso não traga respostas convincentes, ele poderá ser o próximo ministro a perder o emprego.  

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