Da Redação
Ausente de agendas públicas desde abril de 2011, o ex-líder cubano Fidel Castro apresentou nesta sexta (3) o livro Guerrillero del Tiempo, uma nova obra com suas memórias. O lançamento do livro ocorreu durante um ato público em Havana onde, entre outros temas, Fidel considerou um “equívoco acreditar que, no socialismo, os problemas econômicos estariam todos resolvidos”.
Aos 85 anos, o líder da Revolução Cubana, fora do poder desde 2006 por problemas de saúde, conversou durante seis horas com os convidados da cerimônia de lançamento ocorrida na sexta, mas divulgada apenas neste sábado (4). Os dois volumes de Guerrillero del Tiempo foram escritos pela escritora e jornalista Katiuska Blanco.
O último ato público de Fidel foi o encerramento do 6º Congresso do PCC (Partido Comunista de Cuba), ocasião em que foi substituído na legenda por seu irmão, Raúl Castro.
As novas memórias de Fidel Castro, que somam quase mil páginas, começam com as primeiras lembranças de sua infância e vão até dezembro de 1958, às vésperas do triunfo do movimento guerrilheiro que derrubou o ditador Fulgencio Batista.
Vestido com jaqueta esportiva e camisa xadrez, Fidel Castro se referiu a diversos temas durante o ato| Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
O líder cubano abordou assuntos internacionais, como a disputa pelas ilhas Malvinas, "esse pedaço de terra confiscado da Argentina" pelo Reino Unido| Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
Ele ressaltou ainda as "admiráveis" lutas travadas pelos estudantes latino-americanos e do mundo por seus direitos e se mostrou favorável aos ideais da jovem Camila Vallejo | Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
Fidel falou do equívoco de se acreditar que o socialismo resolve todos os problemas econômicos,| Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
Não faltaram referências às "terríveis ameaças" sobre a Síria e o Irã, enquanto, em sua visão, Estados Unidos e Europa pretendem convencer a Rússia com a "ridícula ideia" de um escudo antimísseis para proteger este país | Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
Ao longo do evento, Fidel se interessou pela situação dos cinco agentes cubanos condenados a penas de prisão nos Estados Unidos e inclusive conversou por telefone com um deles, René González | Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
Fidel também disse acompanhar a situação política na Venezuela | Foto: Roberto Chile/ Cubadebate
E elogiou seu aliado Hugo Chávez, atual presidente venezuelano. "Nunca ninguém fez mais pelo povo venezuelano que o movimento bolivarianoFoto: Roberto Chile/ Cubadebate
Sul21
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